Sobre o IFSP
Sobre o IFSP
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP – é uma autarquia federal de ensino.
Fundada em 1909, como Escola de Aprendizes Artífices, é reconhecida pela sociedade paulista por sua excelência no ensino público gratuito de qualidade.
Durante seus 105 anos de história, recebeu, também, os nomes de Escola Técnica Federal de São Paulo e Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo. Com a transformação em Instituto, em dezembro de 2008, passou a ter relevância de universidade, destacando-se pela autonomia.
Com a mudança, o Instituto Federal de São Paulo passou a destinar 50% das vagas para os cursos técnicos e, no mínimo, 20% das vagas para os cursos de licenciatura, sobretudo nas áreas de Ciências e da Matemática. Complementarmente, continuará oferecendo cursos de formação inicial e continuada, tecnologias, engenharias e pós-graduação.
Além dos cursos presenciais, o Instituto Federal de São Paulo oferece os cursos Técnicos em Administração e em Informática para Internet e, a partir de 2012, o superior de Formação de Professores na modalidade de Ensino a Distância (EaD).
O IFSP é organizado em estrutura multicampi e possui aproximadamente 24 mil alunos matriculados nos 38 campi e mais 4 mil alunos nos 19 polos de educação a distância distribuídos pelo estado de São Paulo.
O Campus Pirituba
O Campus Pirituba (PTB) faz parte do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Está localizado na região noroeste do município de São Paulo do Estado de São Paulo que abrange as regiões de Pirituba, Jaraguá, São Domingos, Freguesia do Ó, Vila Brasilândia, Anhanguera e Perus, englobando cerca de 1 milhão de habitantes. A abrangência do Campus se estende também para os municípios vizinhos de Caieiras, Osasco e Barueri.
O Campus Pirituba foi instalado em um terreno de aproximadamente 67.297,31 metros quadrados. Este terreno foi concessão administrativa de uso por 90 anos, a título gratuito, pela Prefeitura do Município de São Paulo através da Lei Municipal nº 15.686 de 26 de março de 2013, editada no processo administrativo nº 2012-0.272.628-0.
Para a definição dos eixos tecnológicos do campus foi determinado a realização de quatro audiências públicas, sendo que as três primeiras audiências seriam para a consulta pública e a última para dar um retorno e divulgar os eixos tecnológicos e os cursos definidos. As três primeiras audiências públicas que definiram os eixos tecnológicos do Campus foram realizadas em 14 e 28 de novembro de 2015 nos bairros de Pirituba e Perus, respectivamente e a terceira foi realizada em 12 de dezembro de 2015, no bairro da Brasilândia. A última audiência pública, com o objetivo de divulgar o resultado final das audiências à população do entorno do Campus Pirituba, foi realizada em 25 de junho de 2016 no próprio campus. O início de suas atividades letivas com cursos de Formação Inicial e Continuada está planejado para o 2º semestre de 2016 e com cursos regulares está planejado para o 1º semestre de 2017.
A Cidade de São Paulo é a maior cidade do país, com área de 1525 km² e mais de 11,5 milhões de habitantes (SEADE, 2015), desconsiderando-se a grande São Paulo. É a cidade mais rica do Brasil, quarta maior no mundo, onde setores de indústria, serviços e comércios propiciam um vasto campo de atuação e empregabilidade, oferecendo mais de 5 milhões de postos de trabalho (SEADE, 2015).
O Noroeste paulista, como dissemos, é a área de influência do Campus Pirituba e abrange as regiões de Pirituba, Jaraguá, São Domingos, Freguesia do Ó, Vila Brasilândia, Anhanguera e Perus.
Pirituba, Jaraguá e São Domingos
A região de Pirituba, Jaraguá e São Domingos, tem uma população de aproximadamente 437 mil habitantes, em uma área de 54,7 km².
Pirituba está localizada na zona norte/noroeste da cidade. Sua origem no século XIX deve-se à existência de grandes fazendas de café, sendo as principais: a fazenda Barreto, de propriedade do médico resendense Luiz Pereira Barreto, a Fazenda do brigadeiro Tobias e a Fazenda Jaraguá. Com grande influência política dos fazendeiros e a grande importância do café, construíram a estação para receber os carregamentos que se destinavam ao porto de Santos.
O nome de Pirituba é o resultado da palavra "piri", que significa vegetação de brejo e com o aumentativo "tuba", que na língua tupi significa "muito". Pirituba tem como referência histórica a inauguração da Estação de Trem em 01 de fevereiro de 1885.
A Fazenda Barreto, com a morte do seu proprietário em 1922, foi partilhada entre seus herdeiros, que as lotearam e que somadas ao núcleo inicial que se desenvolveu ao lado da estação, vieram a se constituir no núcleo principal de desenvolvimento do bairro.
O Parque São Domingos tem sua origem nas fazendas do Coronel Anastácio de Freitas Trancoso, que cultivava cereais, café e chá. Com a morte do coronel em 1839, seus descendentes venderam, em 1856, a fazenda ao Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e a sua mulher Domitila de Castro, a marquesa de Santos.
Em 1917 a Companhia Armour do Brasil compra as fazendas Anastácio e Capuava. A partir de 1950, parte das terras são loteadas pela Novo Mundo Investimentos Ltda, que as adquiriu da Cia Armour, dando origem ao Parque São Domingos. O nome do bairro é em homenagem ao santo católico, São Domingos Sávio.
Jaraguá, na língua Tupi significa Gruta do Senhor, Guarda do Vale ou Senhor dos Vales. Abriga, além do pico, a estação de trem do Jaraguá que foi aberta em 1891 com o nome de Taipas. Posteriormente teve o nome alterado para Jaraguá.
As primeiras referências históricas da região datam do início do século XVI, quando Martim Afonso de Souza colheu informações sobre os recursos naturais e minerais da região.
Os bairros surgem do desmembramento da Fazenda Jaraguá, que contou com diversos proprietários ao longo dos anos. Em 1939 a fazenda, onde se encontra o morro do Jaraguá, é adquirida pelo governo do Estado. Cria-se em 1961 o Parque Estadual do Jaraguá, ponto turístico da cidade. Em abril de 2015, parte da região do Parque passa a ser reserva indígena.
Freguesia do Ó e Brasilândia
A região de Freguesia do Ó e Brasilândia tem uma população de aproximadamente 407 mil habitantes, em uma área de 31,5 km².
A Freguesia do Ó é a única região que conserva em seu nome a denominação antiga para "bairro". A Freguesia do Ó, um dos bairros mais antigos de São Paulo, completou dia 29 de agosto de 2015, 435 anos em grande estilo. O bairro ainda guarda várias características do século passado como árvores centenárias, construções antigas e o Largo da Matriz, localizado em uma das colinas da Freguesia, onde desde 1901 está a bela Igreja de Nossa Senhora do Ó.
O bairro iniciou sua história em 1580 quando o bandeirante português Manoel Preto construiu a sede de sua fazenda próxima as margens do rio Tietê. Da Freguesia do Ó, mais precisamente do Largo Velho da Matriz saíam diversas expedições de bandeirantes rumo ao interior. Com o passar dos anos a Freguesia foi se desenvolvendo, mas sem perder as características de uma tranqüila cidade do interior.
O Distrito da Brasilândia teve seu início na década de 30, quando alguns sítios e chácaras de cana de açúcar foram se transformando em núcleos residenciais, na zona norte da cidade de São Paulo. Na época o comerciante Brasílio Simões liderou a comunidade para a construção da Igreja de Santo Antônio, em substituição à antiga capela existente. Por isso, o comerciante teve o seu nome empregado na denominação do bairro, em reconhecimento ao feito.
O bairro também recebeu um grande fluxo de migrantes do nordeste do país, que fugiam da seca em seus estados nas décadas de 50 e 60, além de famílias vindas do interior do estado, em busca de oportunidades de trabalho.
A Brasilândia foi loteada em 1946 pela família Bonilha, que era proprietária de uma grande olaria na região. Embora não fossem dotados de qualquer infra-estrutura, os terrenos eram adquiridos com grandes facilidades de pagamento, inclusive com a doação de tijolos para estimular a construção das casas.
Outro elemento incentivador da ocupação do bairro foi a instalação da empresa Vega-Sopave que, ao instalar sua sede na Brasilândia, oferecia moradia a seus empregados, o que trouxe um considerável número de famílias para a região.
Perus e Anhanguera
A região de Perus e Anhanguera tem uma população de aproximadamente 146 mil habitantes, em uma área de 57,20 km².
O bairro de Perus está localizado na zona noroeste da cidade de São Paulo por onde passam duas importantes rodovias: a Bandeirantes e a Anhanguera, e faz parte do antigo caminho para a região de Campinas e Jundiaí. Faz divisa com os municípios de: Caieiras, Cajamar, Osasco, e recentemente com a ligação do Rodoanel Mário Covas, pelo trecho Oeste, a rodovia ativou uma divisa com o município de Barueri, esta que era existente, porém sem acesso viário. Perus também possui o maior parque municipal de São Paulo, o Parque Anhanguera.
A história mais conhecida sobre o nome de Perus é a de Dona Maria que servia refeição de qualidade para os tropeiros que passavam na região, tornando-se famosa entre eles. Por criar perus ela passou a ser chamada de Maria dos Perus. Servia de referência na região "Vou lá onde tem a D. Maria dos perus"..."vou onde tem perus"..."vou na fazenda dos perus".."vou lá em perus". Outra história, segundo a língua tupi-guarani, o nome "Perus" foi uma justaposição e modificação do real nome "PI-RU", que traduzido, significa pôr-se apertado, à força.
Perus tornou-se um distrito do município de São Paulo, reconhecido pela Câmara Municipal, em 21 de setembro de 1934, desmembrado do então sub-distrito de Nossa Senhora do Ó, ao qual ficou dependente até o ano de 1867. Até porque, boa parte dos bairros da chamada Zona Norte 1, ou Zona Noroeste, eram pertencentes ao distrito de Nossa Senhora do Ó. Em 1948, parte de seu território serviu para a formação do novo distrito do Jaraguá. Atualmente fazem parte da região de Perus mais de 45 bairros, chamados também de "Vilas". É inconcebível falar do distrito de Perus, sem citar o nome da vila a qual está se referindo, falar apenas "moro, conheço, trabalho em Perus", fica vago, diante da sua dimensão.
Mineração - A busca de ouro foi tema recorrente durante os primeiros estágios da ocupação portuguesa do Brasil, assim, o ouro encontrado em 1590 no Pico do Jaraguá e no Córrego Santa Fé - cujas nascentes situam-se na encosta da montanha, atraiu exploradores para a região. O impacto do mito que se criaria acerca do ouro de Jaraguá foi tamanho que, em 1839, o reverendo metodista Daniel Parish Kidder anotava que as velhas minas de ouro do Jaraguá foram as primeiras descobertas no Brasil. Produziram muito durante a primeira metade do século dezessete, e as grandes quantidades de ouro de lá canalizadas para a Europa granjearam para a região o cognome de segundo Peru, em alusão ao país sul americano que foi imensamente explorado pelos colonizadores espanhóis.
De longa data, há registros históricos sobre Perus. No século XVII, existiram em sua área a Fazenda dos Pires, propriedade de Salvador Pires Medeiros, capitão da gente de São Paulo, dedicada à produção vinícola; e a Fazenda Ajuá, pertencente ao paulista Domingos Dias da Silva, tida como uma das maiores fazendas de cereais nas cercanias da Capital no começo do século seguinte. Em l856, o Registro Paroquial de Nossa Senhora do Ó assinalava dezessete proprietários de terras no "Bairro do Ajuá", antigo nome de Perus. Em 1867, os grandes proprietários eram Antonio Francisco de Aguiar e Castro, Candido da Cunha Brito, o Coronel Luiz Alves de Almeida, Hedwiges Dias de Oliveira (antigo nome da R. Crispim do Amaral) e Jesuino Afonso de Camargo, nome de outra rua em Perus.
Nesse mesmo ano (1867), junto com o restante da São Paulo Railway (atual CPTM – linha 7 Rubi), foi inaugurada a Estação de Perus, dando início a um processo de urbanização do Vale cujos grandes marcos foram a Companhia Melhoramentos de São Paulo (1890), o Hospital Psiquiátrico do Juquery e sua Fazenda (1898), a Estrada de Ferro Perus-Pirapora (EFPP, 1910) e a Fábrica de Pólvora erguida a uns duzentos metros da Estação de Perus, da qual restam alicerces. Nos primeiros anos da República, junto com a Ipanema, esta fábrica foi a principal fornecedora de munição para o sistema de defesa do Porto de Santos.
Perus também abrigou em seu território, a primeira fábrica de cimento do país, a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus (1926 - 1980), que produzia o mais denso e original cimento, porém, depois de muitos protestos, a fábrica fora desativada, por pressão popular.
Outro aspecto importante é Perus ter a Estrada de Ferro Perus-Pirapora, esta que encontra-se desativada, mas existe projetos de reativação da mesma, tanto que o Condephaat já determinou a região da Estrada de Ferro como Patrimônio Histórico. Várias empresas e empresários contribuem para a reativação, dentre elas a CPTM, que tem um projeto de turismo na região.
O bairro de Anhanguera tem uma área aproximada de 33,0 km² e aproximadamente 65 mil habitantes.
A tabela abaixo informa a área e população de cada bairro que o Campus Pirituba abrange.
Subprefeituras |
Distritos |
Área (km²) |
População (2010) |
Densidade Demográfica (Hab/km²) |
Freguesia do Ó |
Brasilândia |
21,00 |
264.918 |
12.615 |
Freguesia do Ó |
10,50 |
142.327 |
13.555 |
|
TOTAL |
31,50 |
407.245 |
12.928 |
|
Perus |
Anhanguera |
33,30 |
65.859 |
1.978 |
Perus |
23,90 |
80.187 |
3.355 |
|
TOTAL |
57,20 |
146.046 |
2.553 |
|
Pirituba |
Jaraguá |
27,60 |
184.818 |
6.696 |
Pirituba |
17,10 |
167.931 |
9.821 |
|
São Domingos |
10,00 |
84.843 |
8.484 |
|
TOTAL |
54,70 |
437.592 |
8.000 |
TOTAL GERAL |
143,4 |
990.883 |
Fonte: Prefeitura do Município de São Paulo. / Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo. 2010 e SEADE 2015
Segundo a Prefeitura do Município de São Paulo (2010) e a Fundação SEADE (2015), a população do Noroeste Paulista é de cerca de 1 milhão de pessoas, distribuídos em uma área de 143,4 Km², com densidade média de 8.000,00 hab./Km². A maior parte da população vive em área urbana, com uma taxa de urbanização média de 98,00%.
A região possui diversas escolas técnicas e faculdades, além de hospitais e centros de saúde, considerada uma cidade com grande qualidade de vida para se residir.
A presença do IFSP em Pirituba permitirá a ampliação das opções de qualificação profissional e formação técnica e tecnológica para as indústrias e serviços da região, por meio de educação gratuita e de qualidade.
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IFSP - Campus Pirituba
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